No dia 1 de Janeiro de 1995, saimos de Curitiba até Campo Grande, na bagagem o que mais tínhamos era alegria de poder estar tornando um sonho em realidade, depois de muito planejamento, lá estávamos nós colocando o pé na estrada, com nossas mochilas nas costas, e muito entusiasmo!
Não sabíamos ao certo o que iriamos encontrar pela frente, mas estávamos determinados a ir até ao fim dessa aventura, nada poderia nos parar, nosso coração estava cheio de expectativas e sonhos!
Partimos de ônibus, foram algumas boas horas até chegar em Campo Grande, nossa primeira parada. Passámos a noite por lá, e no dia seguinte seguimos viagem, atravessamos o pantanal rumo a Curumba, que é a divisa do Brasil com a Bolívia!
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Lembro bem da nossa chegada na Rodoviária de Curumba, quando chegamos lá ficamos à espera do nosso contato, que não tínhamos nem ideia quem era.
Enquanto isso estávamos sendo devorados pelos pernilongos, acho que viram que era sangue novo na área. Eu até comentei, que eram tanto os pernilongos, que eles precisavam ficar na fila para poder nos picar!
Ficámos lá até a pessoa chegar, e não foi difícil dela saber, quem nós éramos: 5 turistas perdidos na Rodoviária de Corumba! Assim que conseguimos comprar nossas passagens de trem, fomos da divisa de Corumba com a Bolívia, no trem da Morte!
Que aventura! Nem sabíamos onde a gente ia ficar hospedado quando lá chegássemos! Mas dentro do trem uma senhora nos falou sobre um pastor Brasileiro que vivia em Santa Cruz de La Sierra, nossa primeira parada na Bolivia!
Ela nos deu o nome da igreja dele, então pegámos um taxi, e lá fomos parar! Passamos a noite em um prédio em construção!
Cada um de nós tinha um saco de dormir! No dia seguinte o Pastor Brasileiro, não lembro o nome dele, nos apresentou para um Boliviano que era seu braço direito. Ele nos levou para conhecer a cidade e para saborear o prato típico da região, Majao, uma delícia!
Desviando da Rota
Então ele nos recomendou a conhecer a cidade de onde ele era, e nos disse que era um lugar super lindo, e ficámos todos empolgados, estávamos cheios de ânimo, então, pensámos, temos uns dois dias de folga (pois nossa viagem estava toda traçada, não podíamos perder muito tempo, fora no que estava planejado, isso é desviar a rota).
Fomos direto à rodoviária e compramos nossas passagens para a tal linda cidade chamada Vale Grande! Chegámos lá de noite, não conhecíamos ninguém, ele pediu para gente procurar a Igreja Bautista e falar que foi ele que nos enviou. Então, no meio da noite, no fim do mundo, conseguimos encontrar a tal pessoa que nos ia levar até à Igreja, naquela época, não havia telefone, celular e nem email.
Bem, na cidade não tinha nem luz elétrica, muito menos internet! A Cidade ficava no meio das montanhas, num vale, como o próprio nome sugere!
Quando chegámos na igreja, onde iriamos passar a noite, tínhamos apenas uma cama de casal e uma de solteiro de madeira bem rústica coberta com palhas, então três de nós dormiram lá e os outros dois tiveram que dormir nos bancos dentro do templo.
Na manhã seguinte fomos direto para a rodoviária comprar nossas passagens de volta, estávamos muito decepcionados, não tinha nada de interessante para conhecer, a cidade era tão pequena que em algumas horas dava para conhecer tudo. estávamos super desapontados. Queríamos ir embora o mais rápido possível, mas para nossa surpresa, quando chegámos na rodoviária descobrimos que o proximo ônibus para Santa Cruz, só iria sair em sete dias! Isso mesmo em uma semana, pois o ônibus do dia seguinte estava lotado.
Tínhamos que esperar sete dias naquela cidade! Sem lugar para dormir, na maior precariedade!
Então como bons seres humanos que somos, começámos a murmurar!
Lembramos de um propósito que tínhamos feito, quando estávamos planejando nossa viagem, que de todo dinheiro levantado para a viagem, nos iríamos dar o dizimo de tudo em alguma igreja durante a viagem!
Essa igreja era tão humilde, tão carente! Então percebemos que era ali que Deus nos tinha levado especialmente para abençoarmos aquela pequena obra. No culto logo mais à noite, fomos super abençoados e ministrados.
A igreja era dirigida por dois missionários, que trabalhavam a semana toda em Santa Cruz e que iam o fim de semana para ministrar na Igreja, eram dois jovens, um pregava e o outro dirigia louvor!
Foi tremendo ver o mover de Deus, a simplicidade daquele povo! Chorámos até! Demos a oferta, acho que em toda existência daquela igreja, eles nunca tinham visto tanto dinheiro ao mesmo tempo!
Ficaram tão felizes que nos levaram para comer hamburgesia com patatas fritas! Naquela noite todos nós tivemos que dormir nos bancos da igreja, pois aquelas camas simples de madeira e palhas eram as camas dos missionários, que alegremente serviam aquela igreja, por amor a Deus!
Na manhã seguinte voltamos à Rodoviária, para comprar nossa passagem, pois estávamos a pensar em pagar para alguém nos levar, mas iria ficar super caro! Para nossa alegria e supresa, eles tinham cinco vagas no próximo ônibus, pois cinco pessoas desistiram. Três sentados nos bancos e dois no passilho. Eles davam uns banquinhos para gente ir sentado no corredor!
Gente que milagre! Deus tinha um propósito! Ele nos levou até aquele lugar para abençoar a vida de uma igreja em necessidade!
Às vezes precisamos prestar mais atenção naquilo que Deus quer fazer em nossas vidas! A murmuração só nos deixa cegos e nos impede de ouvir a voz de Deus!
Amanhã continua a aventura!
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